terça-feira, 30 de outubro de 2012

A Salvação passa pela Maternidade



Maternidade Dom de Deus

Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. (Lc 1,42) Sim, feliz a que acreditou na realização do que lhe foi dito da parte do Senhor. (Lc 1,45)
Minha alma engrandece o Senhor, meu espírito alegra-se em Deus meu Salvador, porque olhou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada porque o Todo-Poderoso fez em mim grandes coisas. (Lc 1, 46-49)
Nessas passagens do Evangelho de Lucas, é relatada toda a grandiosidade e alegria da maternidade. Cada mulher que teve em si realizado o milagre de gerar uma vida não pode deixar de se emocionar com essa leitura, pois nos sentimos também um pouco como a Mãe de Jesus.
Na nossa pequenez nos tornamos grandiosas. Na nossa covardia nos transformamos em mulheres com coragem para enfrentar o mundo. Na nossa apatia nos revelamos impulsionadas a viver e fazer viver.
Ao olharmos a nossa imagem de mãe, não podemos deixar de pensar em Maria, pois nos sentimos também benditas e aquele ser gerado em nosso ventre faz de nós pessoas especiais não só pela capacidade de gerar um novo ser, como pela responsabilidade de transformar aquela criaturinha em um ser humano com capacidade de amar e de receber amor. E neste momento, mais do que nunca, sentimos que fazemos parte do grande projeto de Deus.
A maternidade é o maior dom que Deus deu à mulher, pois ser mãe compete única e exclusivamente à mulher. Não é uma tarefa fácil apesar de ser extremamente gratificante. Nos transborda de amor e nos envolve em uma comunhão com o mistério da vida.
Devemos ter a consciência de que cada filho é único, tem necessidades próprias e que as diferenças entre eles não são defeitos. Temos que aceitar nossos filhos e amá-los como eles são. Precisamos estar disponíveis para ouvi-los e dialogar com eles, sempre que possível, em um clima de paz e harmonia. Estar atento às suas pequenas mudanças e aos seus problemas, mesmo que para nós pareçam coisas sem importância e demonstrar que podem sempre contar com a segurança da família. Ter maturidade para enfrentar situações que exijam decisões difíceis e polêmicas. Acompanhar a evolução dos tempos.
Para que o nosso papel se torne mais fácil e eficaz, devemos cultivar em nosso lar o exercício da oração e mostrar com os nossos exemplos que o grande segredo de uma humanidade feliz é viver o amor ao próximo da melhor maneira possível.
Deus, que é todo amor, nos criou no amor e para o amor, portanto, temos o dever de transmitir este amor a todas as pessoas e de modo muito objetivo e especial aos nossos filhos. Esse amor é transmitido desde a concepção, durante a gestação, pois qual a mãe que não conversa com seu bebê ainda dentro de sua barriga? No nascimento, quando seguramos nosso neném pela primeira vez, durante a amamentação, aquele ser tão envolvido em nossos braços e em nosso seio nos enche de alegria.
É bem verdade que a maternidade nos traz muitos momentos de angústia e algumas vezes até de tristeza, mas os momentos felizes ao lado de nossos filhos são insuperáveis.
Maria permaneceu ao lado de Jesus em todos os momentos, os alegres e o de extrema dor. Que olhando para ela, possamos encontrar forças e ensinamentos para cumprirmos a missão que Deus nos confiou e educarmos nossos filhos nos verdadeiros valores cristãos.
“ À força moral e espiritual da mulher, une-se a consciência de que Deus lhe confia, de maneira especial, o ser humano… A mulher é forte pela consciência dessa missão… A mulher perfeita torna-se um amparo insubstituível e uma fonte de força espiritual para os outros, que percebem as grandes energias do seu espírito” (Cf João Paulo II, A dignidade e vocação da mulher,nº 30)
E, finalmente, “mulher”, não se esqueça de que você é um ser humano com necessidades, falhas, qualidades e defeitos e lembre-se de que, para ser mãe, não precisa ser perfeita. Ame-se muito, valorize a sua vida, sorria sempre, esteja em paz e seja feliz, pois se não amarmos a nós mesmas como vamos ensinar o amor? Se não formos amadas, como teremos amor para dar? Lembremos sempre do maior mandamento que Deus nos deixou: Amar a Deus sobe todas as coisas e ao próximo como a Ti mesmo.

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